SER OU NÃO SER ...

segunda-feira, 12 de março de 2012

A educação, a razão e os iluministas ...

Diderot, Voltaire, Rousseau e Montesquieu impulsionaram novas formas de pensar (sob o princípio da razão) no século XVIII, influenciando a burguesia revolucionária na França em 1789. Diderot e sua enciclopédia, Voltaire e seu humor ácido, Rousseau e seus princípios humanistas , Montesquieu e sua teoria dos três poderes. Acreditavam na razão transformadora da realidade, que a erudição e a educação poderiam esclarecer a mente e mudar o homem que por sua vez mudariam o mundo. Alunos da 7ª série saíram em busca dos dados biográficos , obras e idéias dos pensadores iluministas. Retornaram com suas pesquisas , mas o resultado sempre é frustrante quando você os questiona sobre o que aprenderam de tudo o que foi pesquisado. Bem , o interesse de alguns poucos alunos e alunas nos redime um pouco. Chega agora a hora da leitura de um trecho sobre o iluminismo contido em “O mundo de Sofia”, reproduzido no livro didático. Uma forma juvenil de apresentar o desenvolvimento da história da filosofia não é suficiente para atrair a concentração e o interesse dos meninos para o assunto.  Fala aqui , briga alí , e a maioria enrola sobre o livro e não conseguimos avançar na correção das seis questões propostas pelo livro. Ficou para casa. Aula seguinte, quem fez a lição? Quase ninguém, e quem deixou de fazer alega que não entendeu nada. Numa questão sobre censura contra a liberdade de expressão, pergunto se sabem o que é “censura” ? Não sabem, exceto um ou outro em cada sala.  Quem procurou ou usa dicionário para auxiliar a compreensão dos textos? Ninguém o usa. Interpelo pelo necessário uso do dicionário. Corrigimos seis questões às duras penas e fomos para “A Revolução Francesa”.  Quem sabe até o final do ano faremos a revolução!? Produzindo ou contribuindo , no mínimo,  para que surjam dentre estes mesmos alunos, novos leitores autônomos. Que leiam e façam por si mesmos .Um leitor que compreende o que lê, um aluno que se interessa pelo que desconhece, mesmo que o mundo em que viva não dê a mínima para “a liberdade , a igualdade e a fraternidade”.

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