SER OU NÃO SER ...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

segunda-feira, 12 de março de 2012

A educação, a razão e os iluministas ...

Diderot, Voltaire, Rousseau e Montesquieu impulsionaram novas formas de pensar (sob o princípio da razão) no século XVIII, influenciando a burguesia revolucionária na França em 1789. Diderot e sua enciclopédia, Voltaire e seu humor ácido, Rousseau e seus princípios humanistas , Montesquieu e sua teoria dos três poderes. Acreditavam na razão transformadora da realidade, que a erudição e a educação poderiam esclarecer a mente e mudar o homem que por sua vez mudariam o mundo. Alunos da 7ª série saíram em busca dos dados biográficos , obras e idéias dos pensadores iluministas. Retornaram com suas pesquisas , mas o resultado sempre é frustrante quando você os questiona sobre o que aprenderam de tudo o que foi pesquisado. Bem , o interesse de alguns poucos alunos e alunas nos redime um pouco. Chega agora a hora da leitura de um trecho sobre o iluminismo contido em “O mundo de Sofia”, reproduzido no livro didático. Uma forma juvenil de apresentar o desenvolvimento da história da filosofia não é suficiente para atrair a concentração e o interesse dos meninos para o assunto.  Fala aqui , briga alí , e a maioria enrola sobre o livro e não conseguimos avançar na correção das seis questões propostas pelo livro. Ficou para casa. Aula seguinte, quem fez a lição? Quase ninguém, e quem deixou de fazer alega que não entendeu nada. Numa questão sobre censura contra a liberdade de expressão, pergunto se sabem o que é “censura” ? Não sabem, exceto um ou outro em cada sala.  Quem procurou ou usa dicionário para auxiliar a compreensão dos textos? Ninguém o usa. Interpelo pelo necessário uso do dicionário. Corrigimos seis questões às duras penas e fomos para “A Revolução Francesa”.  Quem sabe até o final do ano faremos a revolução!? Produzindo ou contribuindo , no mínimo,  para que surjam dentre estes mesmos alunos, novos leitores autônomos. Que leiam e façam por si mesmos .Um leitor que compreende o que lê, um aluno que se interessa pelo que desconhece, mesmo que o mundo em que viva não dê a mínima para “a liberdade , a igualdade e a fraternidade”.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Minhas Metas para 2012

2012 : ano internacional da redução de danos espirituais, físicos, mentais, educacionais, ambientais, sociais,espaciais, temporais, econômico-financeiros, alimentares, nas relações humanas, ...

sábado, 10 de dezembro de 2011

ADEUS ANOS VELHOS . QUE VENHAM OS NOVOS.

Eu quero agradecer à Dona Carol todo o incentivo e "a mãozinha"que têm nos dado para "descermos do pedestal". É com ela que fui conhecer o sarau da Cooperifa , eventual e excepcionalmente realizado neste ano de 2011, uma vez por mês, na pequena e modesta Biblioteca Paulo Duarte, aqui no Jabaquara. Os poucos livros pareceram mortos perto da vivacidade daqueles poetas nada ou pouco conhecidos da maioria , da minoria , da pouca gente que foi prestigiar .... e isso não importa , pois como disse alí uma participante , eles ("os cooperifados") foram , para nós que estivemos alí , verdadeiras "celebridades". Eu agradeço ao Sergio Vaz (criador da Cooperifa) , à diretora da biblioteca ( acho que ela é diretora!) que nos recebeu tão bem , e à nossa coordenadora tão jovem e corajosa. Em homenagem a todos eles ( e mais , aos dois alunos que gentilmente nos acompanharam) , eu me meti a poeta e escrevi o seguinte:

Caibros
que seguram os barracos
no esgoto das almas , córrego do fedor
Coluna social, coluna policial
não sustentam
esse mundo, pesado demais .
Tudo isto faz pouco de toda tragédia grega.
A Escola foi e é a das crianças das "quebradas";
A Igreja foi e é a das mães desesperadas;
A Saúde foi e é "o vou vivendo na veia".
Vejo os não-cidadãos desta não-cidade,
o morador- invasor, o invasor-morador
recebendo o aviso de despejo
com assinatura do todo-poderoso invisível.
Vejo a precipitação em meio líquido
cachaça, álcool, cerveja e água de torneira
Tudo na mesa do bar
Garrafa, latinha e copo americano
Todos somos latino-americanos
Corpos humanos, os mesmos místicos símbolos:
loló, Taurus , Corolla, pedraria, cachimbinho da paz
Agulha , fortuna , salário , avião, pó
Riqueza , miséria , pobreza, muita !
Tudo junto no funk do embrulho
naquele som vindo do automóvel apocalíptico
Vestidos de alma de chapisco
andam sobre as águas do córrego das almas,
da Alba, o lugar dos pobres mitos,
onde os anjos caídos do Apocalipse
vão arrastando suas asas
procurando a LUZ;
ouve-se , ao fundo , um funk anti-bíblico
saído do último livro do mundo, sem poesia.
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sábado, 1 de outubro de 2011

Lacan : O QUE PROFESSORES DEVERIAM SABER SOBRE SI MESMOS E SEU OFÍCIO


ESTOU FALANDO COM AS PAREDES

' É indiscutível a importância de Jacques Lacan para a psicanálise. E surpreendente que, 110 anos após o seu nascimento e 30 anos após a sua morte, ainda existam inéditos com transcrições de suas conferências, entrevistas e seminários. É o caso de Estou falando com as paredes, que reúne três palestras ministradas por ele, na virada de 1971 para 1972, aos internos de psiquiatria do Hospital Sainte-Anne, em Paris. (...)

No texto, ele avisa: "Estou falando sozinho. É precisamente isto que lhes interessa. Cabe a vocês me interpretar". Trata-se de uma forma de ressaltar as diferentes interpretações que sua fala podia e ainda pode gerar. (...) . Um encontro com um mestre da sabedoria, mas de uma sabedoria sem resignação, uma antissabedoria.'

(resenha da Livraria da Folha )
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ÀS PAREDES CONFESSO ....

Estamos falando com quem na sala de aula ?
Quem realmente nos escuta ?
Quem escuta nossos gritos ?
Quem auxilia o desespero ?
Quem compreende o caos ?
Quem ?
Aulas ? Para quem ?
Um professor (a) invisível ...
Um aluno ...ausente ...
Corpo docente em pedaços ... flutuantes ...
Um dia sim ... três dias não ... ano acaba ...
ano inicia ... e se vai ... ano a ano ...
dia a dia ... humano ...
porta de aço ... humano ...
portão para a rua ... concreto armado ...
vidraçaria que não dá conta dos vidros quebrados
carteiras sujas ... cadeiras sujas ...
sabão indefinido que não limpa
todas as escrituras em giz que resultam apenas em pó
trabalho pesado que reforça as camadas de paredes que estão lá
rígidas e sós , sustentando - por vezes - um nome ,
por vezes- um impropério,
por vezes - um cartaz , um quadro de chaves ,
um buraco , um quadro, por vezes- um aviso
que não se faz ouvir , nem entender ... pois, ninguém o lê com sentido.
O interlocutor, onde está ? ...
saiu para tomar um cafezinho ,,,
e ainda não voltou,

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